Parece uma coisa boba de se abordar, você pode estar pensando. Mas já prestou atenção como os coletadores posicionam as pessoas para a coleta de sangue nos laboratórios? Não? Comece a reparar.
Eu já vi braço com cotovelo apoiado na ponta da braçadeira, braço inclinado para o alto, braço inclinado para baixo, naquelas cadeiras em que o suporte se fecha na frente da pessoa, o suporte está mais alto e a pessoa precisa se erguer para poder apoiar o braço, e por ai vai. Isso sem falar nos ‘malabarismos” com crianças, boxes de coleta sem gancho para pendurar objetos (ai nesse caso o cliente além do desconforto da coleta, tem que apoiar no colo bolsa, pacotes, agasalhos) exigem que o cliente seja “contorcionista” para segurar tudo e ainda posicionar o braço na braçadeira que muitas vezes está capenga.
Há também a coleta do paciente em pé. Já viu? Já observei uma com o paciente em pé, porque estava com pressa.
Essas situações me fazem pensar como o posicionamento do paciente para a coleta de sangue é desvalorizado. Essa atitude pode acarretar algumas consequências importantes sob meu ponto de vista:
– em 1º lugar, desconforto para o paciente;- situações adversas para o coletador com a perda da posição anatômica das estruturas , dificultando a coleta de sangue;
– aumento na incidência de hemólise;
– aumento do tempo de permanência do paciente na Coleta;
– demonstra também a falta de capacitação do coletador;
– interferir na percepção do cliente quanto à imagem do serviço.